Exposição Antológica de Jaime Silva na Sociedade Nacional de Belas Artes


Exposição Antológica de Jaime Silva
12 de Março a 27 de Abril 2013

45 anos de percurso artístico - 1966 / 2011
100 obras de Pintura e Desenho

O pintor Jaime Silva apresentará cerca de 100 peças de Pintura e Desenho, pertencentes à sua colecção pessoal, bem como a colecções privadas e Institucionais – abrangendo 45 anos de carreira artística (1966/2011). A exposição é acompanhada por Catálogo com textos de Laura Castro e do artista.

Sem título 1984, Óleo sobre tela, 148 X 262 cm

Afirma Laura Castro, no texto de Introdução ao Catálogo da Exposição Antológica do Pintor Jaime Silva, que o percurso artístico deste autor se pauta por inicial ruptura com os “ modelos históricos e estéticos, técnicos e académicos”, assumindo uma parafiguração irónica ou até grotesca, que progressivamente dará lugar aos grandes desenhos dos inícios dos anos 80 e que pela “vertigem do acto e a força”, são da maior importância na obra deste artista.

Assumida a Pintura, vinda de gestualidade anteriormente pressentida, como anexadora da totalidade do suporte e vivenciada em expansão e outra escala - nela insinuou o pintor elementos organizadores que a encaminharam para “ maior estruturação e … delicadeza de abordagem”, fazendo surgir formas claramente perceptíveis.

Seguidamente a uma temática da paisagem transmontana, entendida de modo próprio e abordada em desenhos que “são extraordinariamente contidos e, ainda assim, expressivos”, desenvolveu o Pintor “peças intimistas que adquiriram o ar de um diário, a atmosfera de uma confidência privada, o carácter poético de entrega…à paisagem e ao mundo vegetal e floral”. Escritas, portanto, “como o eram os grandes desenhos dos inícios de 80”, relevando no entanto de outra intencionalidade e modos de fazer.

A abordagem do Corpo, de modo pretendidamente próximo e ao mesmo tempo distante do modus faciendi clássico; os seus Cadernos de Sombras

Sem título, Série "Um Olhar sobre o Palácio”, Acrílico s/ tela 2011, 114 x 146 cm

- exposição recente que teve como subjacente a análise de Victor Stoichita - e que o Pintor definiu como: “exposição de uma geografia da Alma encenada geometricamente”, em rigor gráfico e conteúdos semi-conscientes; e a meditada recriação dos espaços quase labirínticos do interior do Palácio-Museu da Ajuda - convergem para uma proposta de leitura do percurso artístico deste autor, como de contínua reflexão sobre o acto de Pintar na sua relação transversal com outras áreas do conhecimento, e os modos de estar e dizer-se poeticamente no Mundo.



Mesa-redonda sobre a obra do artista dia 11 de Abril de 2013 com a presença do Pintor e de:
Rui Mário Gonçalves
Cristina Azevedo Tavares
Nuno Faria
José Manuel de Vasconcelos
Maria José Craveiro

Visitas Orientadas
4 e 27 de Abril



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